Vivemos um momento desafiador para os jovens brasileiros no que diz respeito às finanças pessoais. A combinação de altos índices de desemprego e inflação elevada tem impacto direto no orçamento de quem está começando a vida adulta.
Este artigo explora as causas desse cenário, suas consequências e apresenta soluções práticas para quem deseja retomar o controle da própria vida financeira.
Dados recentes revelam que somente 25% dos jovens entre 18 e 30 anos praticam um controle financeiro efetivo dos seus gastos, enquanto 47% da Geração Z admitem não acompanhar qualquer registro de despesas. Metade desse grupo relata enfrentar sérias dificuldades financeiras no cotidiano, e 37% já tiveram seus nomes negativados ao menos uma vez.
Além disso, a taxa de desemprego entre jovens de 18 a 24 anos é de 14,9%, mais que o dobro da média nacional (7%), chegando a 26,4% na faixa de 14 a 17 anos. Com 77 milhões de brasileiros endividados em 2025, os jovens de 18 a 25 anos representam 11,6% desse total, evidenciando um quadro de vulnerabilidade socioeconômica que persiste.
Entre as razões para esse cenário, destaca-se a falta de experiência e de ensino superior que reduz as chances de carreiras qualificadas. Jovens sem diploma formal enfrentam barreiras no mercado de trabalho, optando por empregos informais e mal remunerados.
Outro fator crítico é o pouco acesso à informação financeira. Cerca de 19% dizem não saber controlar finanças, 18% apontam falta de hábito e 16% apontam renda insuficiente. A percepção negativa nas classes D e E (87%) aprofunda a sensação de que não há saída diante da inflação e do crédito restrito.
A seguir, apresentamos alguns indicadores que ilustram o cenário e ajudam a dimensionar a urgência das ações:
O principal impacto de manter-se no vermelho é ter o nome negativado, condição que dificulta o acesso a crédito, contratos de aluguel, concursos públicos e até mesmo limitações em serviços bancários.
Os indicadores de tensão financeira em âmbito familiar aumentam, pois a pressão por dinheiro gera discussões e desgastes, afetando o convívio e a saúde emocional. A baixa qualidade de vida também se reflete na impossibilidade de participar de atividades sociais ou de adquirir bens essenciais.
Para reverter esse quadro, é fundamental adotar medidas práticas e consistentes:
A jornada rumo ao equilíbrio financeiro requer disciplina, paciência e apoio de redes de convivência. Cada passo dado na direção de um planejamento sólido e consciente contribui para um futuro mais seguro e pleno.
Transformar a relação com o dinheiro é, antes de tudo, um processo de autoconhecimento e empoderamento. Jovens que despertam para a educação financeira encontram não apenas liberdade econômica, mas também maior confiança para perseguir sonhos e projetos de vida.
Com empenho, informação e uso inteligente de recursos, é possível vencer os desafios atuais e construir alicerces sólidos para as próximas gerações.
Referências