Declarar empréstimos pode parecer complicado, mas é fundamental para manter sua situação fiscal em dia e evitar penalidades.
Este guia detalhado vai ajudá-lo a entender quem precisa declarar, como fazer corretamente e quais cuidados tomar para não cair na malha fina.
A Receita Federal exige que empréstimos iguais ou superiores a R$ 5.000 sejam informados na declaração anual. O objetivo é acompanhar movimentação financeira e patrimonial e justificar acréscimos de patrimônio.
Sem essa informação, valores recebidos podem ser interpretados como rendimentos não tributados, gerando fiscalizações, multas ou convocações para esclarecimentos. Embora empréstimos não sejam tributáveis, é preciso registrá-los para comprovar a origem dos recursos.
Toda pessoa física que, no ano-base, tenha tomado ou concedido empréstimos iguais ou superiores a R$ 5.000 está obrigada a informar esses valores.
Para valores abaixo de R$ 5.000 não há obrigatoriedade, salvo se houver outras razões para a Receita pedir esclarecimentos sobre movimentações.
O processo de declaração varia conforme você seja credor ou devedor. A seguir explicamos em detalhes.
Abra o programa IRPF ou o app “Meu Imposto de Renda”, selecione a ficha adequada e preencha todos os campos com atenção. Inclua na discriminação informações como data de contratação, número de parcelas, valor mensal e garantias oferecidas.
Empréstimos entre pessoas físicas merecem atenção redobrada, pois, sem contrato formal, podem ser considerados doação e gerar cobrança de ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação).
Outra armadilha comum é omitir parte do saldo devedor para tentar reduzir variação patrimonial. Isso pode levar à malha fina ou penalidades, com multas calculadas em 1% ao mês sobre o imposto devido, mínimo de R$ 165,74 e até 20% do valor.
Organize toda a documentação em pastas digitais ou físicas e mantenha cópias por pelo menos cinco anos, prazo de prescrição para fiscalização.
Declarar corretamente empréstimos no Imposto de Renda é uma forma de assegurar conformidade fiscal e evitar transtornos com a Receita Federal.
Com as instruções detalhadas, organização documental e rigor no preenchimento, você mantém sua declaração em dia e protege seu patrimônio de questionamentos futuros.
Esteja sempre atento às mudanças na legislação e consulte fontes oficiais para atualizar procedimentos a cada ano.
Referências